15/02/2010

Momento do Romhacker Nostálgico

PARTE 1:
Dentre as minhas diversas áreas de interesse, talvez uma das que tenha exercido mais influências sobre a minha pessoa hoje é o romhacking. Eu lembro quando eu tinha uns 12 anos e consegui pela primeira vez editar uma ROM. Foi um momento indescritível, me senti o “hacker”, o ninja, a própria rola que matou Cazuza. E de fato por muitos mais anos eu me dediquei simplesmente a brincar com joguinhos que fizeram parte da minha infância ou não. Não importava qual jogo, “As aventuras do Sapo Xulé”, Pokémon Yellow,  Pokémon Gold, Alex Kidd in High Tech World, eu estava sempre determinado a traduzi-los. Agora você para e pergunta: “Como é que você queria traduzir o jogo “As aventuras do Sapo Xulé “se ele foi feito no Brasil e já está em português?” Eu provavelmente responderia: “Da mesma forma como eu traduzia os outros jogos mesmo sem saber inglês.” Nada disto importava, o interessante era sentir que tinha o domínio sobre o jogo. Editar as fontes, fazer a tabela, entender os ponteiros, quando eu conseguia terminar a parte interessante a repetição do resto do trabalho me entediava e eu acabava por largar o projeto. Passei por diversas ROMs e acho que a única tradução que eu já consegui terminar foi um joguinho tosco dos Power Rangers para GameGear. Se o jogo era tosco, a tradução era pior ainda, mas mesmo assim o brilho de poder substituir o “@Copyright  Empresa Tal” por “Traduzido por Thevilman” era impagável. Impagável também era poder chegar e mostrar no IRC para todos os seus coleguinhas da net o que você estava fazendo. Por sinal eu, assim como 90% de todos os romhackers, passei horas minha vida em calorosas discussões ou em conversas completamente sem pé nem cabeça  que geralmente iam pela madrugada adentro. O senso de comunidade era muito legal. Conseguir traduzir um jogo comprimido, ou utilizar-se de técnicas de ASM na sua tradução fazia qualquer um automaticamente uma estrela no firmamento dos romhackers.
Com o passar dos anos, envelheci e todo aquele tempo  livre que eu podia usar para brincar se acabou, o que não significa que meu interesse no assunto tenha se acabado. Até hoje quando eu penso em romhacking penso que quando me formar foi utilizar todos os conhecimentos ninjas aprendido nas aulas de microcontroladores para fazer uma tradução. Apenas como uma forma de me redimir pela minha preguiça e desleixo.
Antes de começar a escrever a Parte 1, a minha idéia era de fazer uma compilação de alguns romhackings interessantes de Super Nintendo que eu estive experimentando recentemente. Para começar vou comentar os TOPS 4 melhores hacks do jogo Super Mario World. Sem ordem de preferência, Pokébola vai:

Super Demo World: The Legend Continues
Quando o FusoYa’s Niche lançou o Lunar Magic, ele provavelmente não  imaginava que ele seria o principal responsável por tornar Super Mario world como jogo  mais extensivamente  editado da história.  Para mostrar as capacidades desta poderosa ferramenta, ele lançou o jogo Super Demo World.  À medida que o Lunar Magic foi atualizado, uma continuação foi lançada e aqui estamos.Super Demo World: The Legend Continues foi o primeiro hack de Super Mario World a possuir um Overworld (mundo da seleção de estágios) completamente remodelado.

Não só isto, o jogo foi reprogramado e apresenta novos itens, como a flor de gelo, e novas características como a habilidade de armazenar alguns itens na caixa superior. Quando eu escrevi armazenar itens na caixa superior não quis dizer cogumelos ou fireflowers coisa que já existia. Digo itens como caixas de ajuda, kopas,  cipó e outros.
Isto deu uma profundidade nunca vista em jogo nenhum de Mario, esta simples mudança quebrou a linearidade dos estágios e deu ao jogo um novo ar, mesmo que não tendo sido intencional. Reparem que na foto que o Mario pegou o cipó. Em alguns estágios só se pode acessar determinadas áreas altas com este item.
Em resumo, um clássico.
Gráficos: 8
Overworld : 9,5
Dificuldade : 7
Músicas : -
Originalidade: 8
Média : 8,125


A Strange Mission

Recentemente enquanto eu navegava pelo SMW Central,tive a idéia de testar novos hacks do Super Mario World. Para quem não sabe SMW Central, é o maior portal sobre romhacking sobre o jogo, com tutoriais, downloads, pack gráficos  e o maior catálogo de patches já feito. Entre os jogos recomendados achei este patch, “A Strange Mission”, nome que combina bem com o espírito do jogo. Diferente do jogo anterior que era enorme, este jogo possui apenas um pequeno mundo mas com uma qualidade incrível. Fica evidente o empenho e o zelo do autor na construção deste hack. Cada estágio foi cuidadosamente programado e meticulosamente projetado.


No primeiro estágio você controla apenas o Yoshi sem o Mario, em outro estágio existe um contador que limita a quantidade de vezes que se pode pular no estágio.
Um “must play”.
Gráficos: 8
Overworld : 7
Dificuldade : 9,5
Músicas : -
Originalidade: 10
Média : 8,625


FIM DA PARTE 1
Prometo terminar o review dos outros 2 jogos em breve.
Vou tentar terminar sempre minhas postagens como algo legal, desta vez eu deixo este RAP maneiro do Super Mario Land.

Um comentário:

Castielzinha disse...

Não entendo bulhufas disso, mas gosto de jogar, alguma diferença? Bem, tô gostando de ver sua dedicação à esse blog! Pontos pra vc.